domingo, 29 de agosto de 2010

Se as mulheres tivessem asas

“Uma história sobre uma amizade que nasceu do sofrimento de mulheres atormentadas pelo passado, escolhas e coragem. Por vários anos, Glory Marie (Ellen Barkin, de Vítimas de uma Paixão e que em 1998 conquistou o Emmy de Melhor Atriz por este papel) vinha sendo estuprada pelo marido Billy e sonhava poder viver sua vida em paz. Quando ele se mata, Glory, porém, se sente só e é obrigada a enfrentar a dura realidade de criar sozinha as duas filhas. As pressões são muitas e, tempos depois, elas se mudam para Tampa onde encontram a ajuda e a amizade de Miss Zora (Oprah Winfrey, de A Cor Púrpura e apresentadora de TV nos Estados Unidos), uma mulher também bastante sofrida. Os problemas continuam e as duas mulheres, bastante diferentes, vão encontrando forças e semelhanças que as fazem seguir em frente, apesar de tudo e de todos.”


O filme, de 1997 foi gravado para transmissão na TV e recebeu indicações ao Emmy, Globo de Ouro e ao Satellite Awards, todas para Ellen Barkin.

O drama cinematográfico apresenta histórias cotidianas que as sinopses que encontrei por aqui não citam. O texto apresentado no primeiro parágrafo foi retirado da internet e explora a amizade entre mulheres em meio às violências sofridas por elas.

Lembro de ter visto este filme com uns 15 anos de idade (talvez menos), mas aquelas mulheres nunca me saíram da cabeça. O enredo mostra além da amizade, a constante violência física e verbal que uma mãe sofre pelo marido. Ela, completamente dependente emocionalmente dele, esquece dos limites que todo relacionamento deve ter e se deixa levar por suas mãozadas e bebedeiras contantes. Mesmo sendo extremamente violento com a mulher, o personagem Billy ama incondicionalmente suas filhas e se mata ao ver que a mais nova presenciou uma cena violenta de uma briga entre os pais.

Após isso, a mãe culpa a menina por ter matado o pai e passa a maltratá-la após a morte. Depois da mudança para outra casa, a personagem Marie encontra Zora, uma mulher negra e de personalidade forte, embora muito meiga. A primeira ligação entre elas vêm da garota que, abandonada e violentada pela mãe (também alcoólatra), encontra socorro nos braços da personagem da apresentadora americana Oprah. Num ambiente de discriminação racial, a menina e Zora ficam mais próximas, trazendo Marie para cada vez mais perto.

O filme é extremamente dramático, fazendo até os mais durões não deixarem escapar uma lágrima no canto do olho. No entanto, antes da trama, o que mais me chamou atenção neste longa, dirigido por Lloyd Kramer, foi o nome da obra. Se as mulheres tivessem asas nos dá a impressão que podemos fazer, viver, amar, sonhar, compartilhar... ainda mais. Basta que tenhamos asas. Mas, quem sabe se já não temos estas tais asas.


OS.: Ah! Desde desta época não mais vi este longa, mesmo procurando nas melhores locadoras da minha cidade. Quem tiver a oportunidade singular de achar, aproveite.

Até a próxima,
Roberta França

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mulher pra presidente!

Política também É coisa de Mulher! E por que não?


Historicamente, no entanto, a maioria das mulheres sempre viveu dissociada das relações políticas. Talvez porque essas relações, antes de serem políticas, são de poder. E o poder, por sua vez, sempre esteve concentrado na mão dos homens. Há pouquíssimo tempo atrás, sequer tínhamos direito a voto. Este ano, completamos 78 anos do voto feminino, para se ter uma idéia.

Independente das minhas convicções políticas e ideológicas, acredito que essas eleições presidenciais marcarão a história, pois temos um forte protagonismo feminino, assim como mais de uma candidata mulher.

Chego a arriscar que começaremos uma nova era nas relações de gênero. Não sei se é pela minha “influência feminista”, mas eu sinto como se pudéssemos provar que somos plenamente capazes de exercer quaisquer cargos da vida pública, inclusive conduzir um país!

Obviamente, não é só para presidente que as mulheres estão na disputa, mas também para deputadas
(estaduais e federais), senadoras e até governadoras.

Infelizmente nem todas essas mulheres estão na disputa movidas pelo ímpeto de fazerem história. Muitas vezes, elas estão a serviço de ideais conservadores e desprovidos de qualquer conotação progressista. Particularmente isso me deixa triste, pois realmente acredito que nós, mulheres, podemos alavancar uma grande mudança social positiva. O que me conforta, porém, é que mesmo sabendo de tudo isso, sinto-me realizada apenas por saber que Mulheres, como eu, como você, estão pleiteando funções públicas importantes. E isso, por si só, já provoca uma mudança de paradigmas nas relações sociais de poder.

As mulheres estão fazendo história na política! Isso já é fato!
 
Postado por Rosinere Marques

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Gravidez durante aviso-prévio dá direito à estabilidade de gestante

Por entender que o aviso-prévio indenizado faz parte do contrato de trabalho, inclusive para a incidência da estabilidade no emprego, uma ex-funcionária gestante consegue direito a verbas trabalhistas da estabilidade provisória estabelecida na Constituição. A decisão foi da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento a recurso de revista da trabalhadora, cuja gestação ocorrera no período do aviso-prévio.


No fim do contrato de trabalho, a ex-funcionária comprovou o início da concepção dentro do período do aviso-prévio.

Já em sede de recurso de revista ao TST, o relator do processo na Sexta Turma, ministro Maurício Godinho Delgado, deu razão à ex-funcionária. Segundo o ministro, o dispositivo constitucional que vedou a dispensa arbitrária de empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto (artigo 10, II, “b”), buscou garantir o emprego contra a dispensa injusta e discriminatória, além de assegurar o bem-estar do bebê.

O relator destacou que o período de aviso-prévio integra o contrato de trabalho para todos os efeitos, inclusive para a incidência da estabilidade no emprego. “O aviso não extingue o contrato, mas apenas firma o prazo para o término”.

Com esses fundamentos, a maioria da Sexta Turma vencido o ministro Fernando Eizo Ono deu provimento ao recurso de revista da ex-funcionária e condenou a empresa ao pagamento dos salários e demais direitos correspondentes entre a data da despedida e o final do período de estabilidade de gestante. (RR-103140-30.2003.5.02.0013)


Fonte: JusBrasil Notícias


Rosinere Marques

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Um Blog de Mulheres, para meninos e meninas...

Eis que nasce mais um espaço virtal destinado ao debate das questões do universo feminino.
Ora, mas o "É coisa de Mulher" discutirá beleza e saúde? Sim! Moda e comportamento? Sim! Culinária? Sim! ... Mas também, e principalmente, trará os debates atuais do mundo da Política, Economia, Futebol (E porque não?), Direitos humanos, Gênero e poder...E tudo o mais que possa fazer deste o mais legítimo espaço de aprimoramento democrático!!!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Descobrindo o feminismo e por onde comecei

Antes de entender o que é feminismo, é conveniente entender o que feminismo não é. Feminismo não é, por exemplo, queima de sutiãs, embora esse mito tenha se consolidado no imaginário de muitas pessoas desde o final dos anos 1960. Feminismo não é um grupo raivoso de mulheres "feias" ou "mal-amadas", versão das mais grosseiramente estereotipadas por quem não compreende e parece não fazer nenhuma questão de compreender as reais engrenagens do movimento. Feminismo não é, tampouco, uma ideologia calcada em privilégios para as mulheres e desvantagens de toda espécie para os homens. Feminismo também não é algo uno, absoluto, monocromático. Ao contrário, seus diversos matizes representam a ampla variedade de mulheres do Brasil e do mundo, com crenças, desejos, objetivos e valores distintos. De correntes segundo as quais a submissão da mulher se explica pela suposta inferioridade física ao feminismo que defende a extinção da família biológica, são muitas as interpretações do papel da mulher na sociedade. O equilíbrio argumentativo talvez se encontre articulado naquilo que se pode denominar "feminismo múltiplo". Nessa abordagem, mulheres (e homens, é importante dizer) são vistas à luz dos aspectos plurais inerentes à sua subjetividade, entre os quais a classe socioeconômica, a etnia e a geração a que pertencem. Tal apropriação do feminismo, tanto política quanto científica, permite perceber os seres humanos a partir de suas infinitas singularidades. (Sinopse do Livro: Feminismo, que história é essa?
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Indico para vocês a leitura do Livro: Feminismo, que história é essa? (fundamental) Acredito que vai despertar o desejo para estudar, militar e propagar  ainda mais o movimento e abrir os nossos conhecimentos sobre a temática, atrás uma cronologia da história e alguns mitos do feminismo e vem com ele  de  proposta de oficina, música e outras dicas que desperta a leitura, alem de conversar com a autora Daniela Auad que com sua forma de escrever e expor suas ideias me proporcionou isso. Devore 


Por Camila Silveira